A supercomputação, que já foi especialidade apenas de um grupo seleto, hoje está se tornando uma importante ferramenta de negócios. Tendência da qual a Dell espera tirar proveito.
Há tempos usada em pesquisas de última geração, a computação de alto desempenho (HPC, na sigla em inglês) se tornou menos cara, mais disponível, nos últimos anos, e expandiu para outros usos, desde o desenvolvimento de medicamentos à simulação de acidentes de carro, pelas montadoras, e a busca por melhores embalagens, pelo setor de alimentos.
O aumento dos chamados sistemas cluster --que são baseados nos processadores Intel x86-- ajudou a HPC a ficar até 10 vezes mais barata que no começo da década, dizem analistas. O mercado, como um todo, foi avaliado em 10 bilhões de dólares em 2008, segundo o grupo de pesquisa IDC.
Os sistemas cluster são compostos por uma série de servidores, em alguns casos, centenas deles, projetados para lidar com problemas extremamente complexos.
Embora ainda esteja muito atrás das concorrentes HP e IBM, a Dell tem conquistado espaço no setor de HPC com vendas de sistemas mais baratos e de nível médio.
"Se você tem seguido mais ou menos o setor de supercomputação, você percebe uma verdadeira transição nos últimos 10 a 15 anos para sistemas cluster de computadores que operam sobre microprocessadores", disse o presidente-executivo da empresa, Michael Dell.
Em encontro no Laboratório Nacional Lawrence Livermore na Califórnia, semana passada, executivos da Dell se reuniram com representantes do laboratório para discutir os negócios durante a instalação de um novo supercomputador da Dell, conhecido como "Coastal".
A Dell também trabalha com o laboratório para desenvolver um sistema avançado de banco de testes para supercomputação.
O laboratório Lawrence Livermore, que faz pesquisas de segurança nacional para o governo norte-americano, abriga alguns dos computadores mais rápidos do mundo, incluindo o BlueGene/L, da IBM, que ficou no primeiro lugar durante muitos anos.
Notícias sobre HPC geralmente tratam apenas dos sistemas mais rápidos e caros. A lista dos 500 melhores, compilada duas vezes por ano, oferece oportunidades para se gabar e apenas dá uma ideia do pregresso da indústria.
O atual campeão é o Roadrunner da IBM, do Laboratório Nacional Los Alamos, no Estado norte-americano de Novo México.
A IBM e a HP dominam a lista dos 500, representando, juntas, cerca de 80 por cento dos supercomputadores listados. As máquinas mais próximas do topo da lista chagam a custar mais que 200 milhões de dólares, afirmam analistas.
A Dell, por sua vez, não tem um papel de destaque no setor de sistemas de alta performance, segundo o analista Earl Joseph, do IDC.
Mas, diz ele, a Dell tem se dado bem no mercado de sistemas mais básicos, e tem vencido regularmente no nível médio.
Reuters
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