Chip na retina pode devolver visão

Há 20 anos, pesquisadores do MIT trabalham em um implante de retina para ajudar cegos a recobrar visão.

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O implante de olho é projetado para pessoas que afetadas pela retinitis pigmentosa ou por degenerações causadas pela idade – duas das maiores causas de cegueira, de acordo com o Massachusetts Institute of Technology.

Apesar de não ser capaz de restaurara a visão completa, ele poderia ajudar pessoas cegas a se locomover melhor.

O implante funciona conectado a um par de óculos com uma câmera, que envia imagens a um microchip preso ao globo ocular. O dispositivo é hermeticamente selado em uma proteção de titânio, evitando entrada de água que danifique os circuitos.

Quando o microchip recebe a informação visual, ele ativa eletrodos que estimulam as células nervosas em áreas específicas da retina e ativam os nervos ópticos que carregam sinais para o cérebro – desviando, assim, das camadas danificadas da retina.

Há cerca de dez anos, a equipe iniciou alguns testes ao implantar eletrodos na retina de seis pacientes cegos por diversas horas. Os voluntários disseram ter visto algumas “nuvens” ou “gotas de sangue” em seu campo de visão - e a quantidade de “nuvens” ou “gotas” correspondia ao número de eletrodos estimulados. Sem estímulo, os pacientes diziam não ver nada.

Esses testes confirmam que a estimulação da retina pode produzir algum tipo de visão. A segunda etapa foi construir um chip para ser implantado no paciente, que permitiria fazer testes a longo prazo.

Um dos maiores desafios da equipe, que há duas décadas trabalha no projeto, é desenvolver um procedimento cirúrgico de implantação que não danifique os olhos. Na versão mais recente, o implante fica preso na parte externa do olho, e os eletrodos são implantados atrás da retina.

Essa localização da prótese reduz os possíveis danos e requer um procedimento menos invasivo. Testes realizados em porcos mostram que o dispositivo é seguro - e nos próximos três anos os pesquisadores esperam poder implantar uma das próteses de retina em humanos.

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